Pois bem, você deve ter lido esses exemplos e deve ta pensando: “Ah isso eu já estou careca (ou quase) de saber”. Sim, eu concordo , agora a pergunta que não quer calar: Qual desses se assemelha com a sua história de vida? (Não, eu não estou te julgando, eu já caí nessa pergunta e o resultado foi desastroso) Queria que parasse um pouco e fizesse uma reflexão. Como disse anteriormente, Noé agiu de uma forma esquisita, construindo uma arca durante tantos anos sem ver um sinal de chuva sequer. Mas quem entrou na arca??? Ah sim! Noé e sua família (e os animais Também eu sei), ele poupou os seus de uma geração corrompida que estava prestes a ser extinta da terra. Porque a preocupação hoje gira em torno do tamanho da Igreja? Da quantidade de músicos ou cd’s gravados? Da quantidade de membros? (em alguns casos até com a ovelha do Pastor vizinho) e não em torno da família que está sendo parte integrante de uma geração corrompida pelo inimigo das nossas almas, estão sendo assolados por drogas, prostituições, bebidas, divórcios e as piores mazelas existentes na sociedade. Noé andou com o Eterno e separou a sua família para fazer parte de um projeto divino.
Deixa-me abrir uns parênteses: (Se você está pensando que armei uma armadilha para mim mesmo, caindo em contradição quando falar de Abraão, continue a ler o artigo)
Nós conhecemos a história do chamamento de Abrão (ainda não tinha tido seu nome mudado) e as promessas que Deus o faz (Gn 12:1-3), porém não vamos esquecer que como já dito nesse artigo, Abrão não era Judeu de nascimento, ele era da cidade de Ur dos Caldeus, onde se adorava qualquer deus, menos o Deus único que ele estava prestes a ter a sua maior experiência de vida. Sair daquela terra significava não se corromper com tais costumes, da parentela e da casa dos pais, significava não seguir o que seus pais viveram até o dado momento. Deus não estava de implicância com o ambiente familiar de Abrão, tanto que ele levou consigo seu pai Terá, sua esposa Sarai e até o sobrinho Ló. Agente ainda consegue usar o termo de que a salvação é individual, quando somos questionados por alguém sobre um membro da nossa família que ainda não teve um encontro com Deus, a salvação é individual sim, mas alguém precisa estabelecer o reino de Deus na terra. Ta afim não? Há vagas. Deus está procurando os que vão se colocar na brecha em prol desse povo da mesma forma que ele procurou em Israel e não encontrou (Ez 22:30). Óh Deus acha-nos aqui... Não adianta querer ser pai de “filhos espirituais” se não sabemos cuidar dos da nossa casa, o ministério pastoral se inicia dentro de casa [Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? (I Tm 3:5)]. To doido pra começar a falar de Moisés, mas ainda tem mais aqui sobre Abraão, Ele era um homem bem familiar, mas não era preso a sentimentalismos do passado, não se lamentava das coisas que deixava pra trás pelo direcionamento de Deus, os costumes, a vida que tinha construído em Ur, não ficou estacionado em Harã depois do falecimento do Pai e sabia reconhecer que tudo que ele passou a possuir era resultado de uma fé depositada na promessa de Deus pra ele e toda a sua geração vindoura. Se como líderes ficamos presos a coisas tão supérfluas, como a placa da igreja, quantidade de membros, métodos, casas, carro e status... A descendência de Abraão não pôde ser contada e o que ele recebeu de melhor (Isaque) ofertou a Deus. Assim como nós temos dado o melhor pra Deus né mesmo??
Terminei o último parágrafo com uma pergunta e você deve ta pensando no melhor que está dando pra Deus, se é que tem dado alguma coisa como oferta agradável a Ele. Agora venhamos e convenhamos que com o passar dos anos as coisas começam a se estreitar há uma diferença enorme entre a geração de Noé e a geração de Abraão, agora dou um pulo sobre, Isaque, Jacó, José e chego a Moisés, um profeta que se comunicava face a face com Deus (Dt 34:10). Conduziu o povo de Israel na saído do Egito, entenda isso, ninguém sai do Egito sozinho, precisa de alguém para conduzi-lo a terra prometida. Moisés foi o libertador dos Hebreus e nós temos uma infinidade de gente pra libertar do Egito e ficamos de braços cruzados, o papel do líder é esse, cuidar, ensinar o caminho e estar juntos ainda que seja no deserto. O que vemos na verdade é o povo querendo um refúgio, não agüentam mais a vida que estão levando, eles não estão lá porque querem, foram subjugados a essa condição e a condição que eles querem estar é minha e a sua. Vamos nos manifestar! Saia do conforto da sua cadeira, da sua poltrona, da sua plataforma, das quatro paredes e leve o povo a ter um encontro com Deus, assim como Moisés levou o povo no pé da montanha (Ex 19:17). Ele tinha costume (O bom costume) de armar a tenda longe, bem longe do arraial e chamava aquela tenda de lugar da congregação, local de encontro, não de um retiro espiritual de três dias, mas um encontro que o direcionava pra conduzir o povo, e esse povo sabia que quando Moisés entrava na tenda a coluna de nuvem descia e pairava na porta da tenda. Oh Deus, queremos ter esse encontro! Tudo bem que o período no deserto poderia ser mais curto e muito mais por sinal, mas foram quarenta anos de uma escola no deserto, essa sim eu chamaria de Escola do Sobrenatural (Qualquer semelhança com o nome é mera coincidência), onde Deus reeducou e ensinou aos hebreus tudo que havia se perdido ao longo dos 430 anos no Egito, foram Leis perpétuas, leis cerimoniais e discipulado antes de se visualizar a terra prometida. Eu sei que nós estamos mais preocupados com a terra prometida do que em conduzir o povo ao pé da montanha, mas preocupado com as festas que esse povo curtiu no deserto do que com as leis perpétuas, estamos mais preocupados com o conforto dentro das Igrejas do que armar o local de encontro fora do arraial. E o que o povo necessita é de líderes que reestruturam a Igreja, não o templo físico, as paredes, mas o templo espiritual, nós. Ta na hora de deixar os métodos um pouco de lado, viver a simplicidade do evangelho, de deixar a soberba de lado e vivermos o perdão e acima de tudo semear amor, amor e amor.
By: Ed Fonseca
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